terça-feira, 15 de maio de 2012

O que é Inteligência Emocional?

    A Inteligência Emocional está relacionada a habilidades tais como motivar a si mesmo e persistir mediante frustações; controlar impulsos, canalizando emoções para situações apropriadas; praticar gratificação prorrogada; motivar pessoas, ajudando-as a liberarem seus melhores talentos, e conseguir seu engajamento a objetivos de interesses comuns. (Gilberto Vitor)
    Daniel Goleman, em seu livro, mapeia a Inteligência Emocional em cinco áreas de habilidades:
    1. Auto-Conhecimento Emocional - reconhecer um sentimento enquanto ele ocorre.
    2. Controle Emocional - habilidade de lidar com seus próprios sentimentos, adequando-os para a situação.
    3. Auto-Motivação - dirigir emoções a serviço de um objetivo é essencial para manter-se caminhando sempre em busca.
    4. Reconhecimento de emoções em outras pessoas.
    5. Habilidade em relacionamentos inter-pessoais.
    As três primeiras acima referem-se a Inteligência Intra-Pessoal. As duas últimas, a Inteligência Inter-Pessoal.

    Inteligência Inter-Pessoal: é a habilidade de entender outras pessoas: o que as motiva, como trabalham, como trabalhar cooperativamente com elas.
    1. Organização de Grupos: é a habilidade essencial da liderança, que envolve iniciativa e coordenação de esforços de um grupo, habilidade de obter do grupo o reconhecimento da liderança, a cooperação espontânea.
    2. Negociação de Soluções: o papel do mediador, prevenindo e resolvendo conflitos.
    3. Empatia - Sintonia Pessoal: é a capacidade de, identificando e entendendo os desejos e sentimentos das pessoas, responder (reagir) de forma apropriada de forma a canalizá-los ao interesse comum.
    4. Sensibilidade Social: é a capacidade de detectar e identificar sentimentos e motivos das pessoas.

    Inteligência Intra-Pessoal: é a mesma habilidade, só que voltada para si mesmo. É a capacidade de formar um modelo verdadeiro e preciso de si mesmo e usá-lo de forma efetiva e construtiva

    Os tipos de inteligência

      O psicólogo Howard Gardner da Universidade de Harward, nos Estados Unidos, propõe “uma visão pluralista da mente” ampliando o conceito de inteligência única para o de um feixe de capacidades. Para ele, inteligência é a capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitário. Assim, ele propõe uma nova visão da inteligência, dividindo-a em 7 diferentes competências que se interpenetram, pois sempre envolvemos mais de uma habilidade na solução de problemas.

      Embora existam predominâncias, as inteligências se integram:
      Inteligência Verbal ou Lingüística: habilidade para lidar criativamente com as palavras.
      Inteligência Lógico-Matemática: capacidade para solucionar problemas envolvendo números e demais elementos matemáticos; habilidades para raciocínio dedutivo.
      Inteligência Cinestésica Corporal: capacidade de usar o próprio corpo de maneiras diferentes e hábeis.
      Inteligência Espacial: noção de espaço e direção.
      Inteligência Musical: capacidade de organizar sons de maneira criativa.
      Inteligência Interpessoal: habilidade de compreender os outros; a maneira de como aceitar e conviver com o outro.
      Inteligência Intrapessoal: capacidade de relacionamento consigo mesmo, autoconhecimento. Habilidade de administrar seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos. É a inteligência da auto-estima.
      Segundo Gardner, todos nascem com o potencial das várias inteligências. A partir das relações com o ambiente, aspectos culturais, algumas são mais desenvolvidas ao passo que deixamos de aprimorar outras.
      Nos anos 90, Daniel Goleman, também psicólogo da Universidade de Harward, afirma que ninguém tem menos que 9 inteligências. Além das 7 citadas por Gardner, Goleman acrescenta mais duas:
      Inteligência Pictográfica: habilidade que a pessoa tem de transmitir uma mensagem pelo desenho que faz.
      Inteligência Naturalista: capacidade de uma pessoa em sentir-se um componente natural.

      Como melhorar seu QE?

        Daniel Goleman em seu livro diz que a melhor maneira de tornar as pessoas mais inteligentes emocionalmente é começar a educá-las quando ainda são crianças. Em uma entrevista à HomeArts ele adverte que deve-se lembrar que ensinar inteligência emocional às crianças não significa que você não possa ser neurótico. Você apenas precisa ver o que a criança precisa, e estar lá para ela.
        Nesta mesma entrevista Daniel Goleman afirma que para um adulto melhorar sua própria inteligência emocional, a primeira tarefa é desaprender e reaprender, devido ao fato que seus hábitos emocionais foram aprendidos na infância.

        Escola da Educação
          Uma das grandes preocupações dos pais hoje em dia, é educar seus filhos emocionalmente, ou seja, prepará-los para enfrentar os desafios impostos pela vida com inteligência. Ensiná-los, como reagir nas diversas ocorrências que podem vir a acontecer.
          Segundo, Terezinha Castilho Fulanetto, devemos desenvolver todos os tipos de inteligência na criança, pois se todo o espectro é estimulado, a criança se desenvolve mais harmonicamente, previnindo obstruções e evitando bloqueios de capacidades. Todas as competências da criança devem ser estimuladas.
          "Ter inteligência emocional significa perceber os sentimentos dos filhos e ser capaz de compreendê-los, tranquilizá-los e guiá-los." Diz John Gottman em seu livro Inteligência Emocional e a Arte de Educar Nossos Filhos. Segundo ele, os pais devem ser os preparadores emocionais dos filhos, o que muitas vezes não tem ocorrido devido ao stress e a correria do cotidiano.
          A infância modificou-se muito nos último anos, o que vem dificultar ainda mais o aprendizado afetivo. Os pais que são efetivamente preparadores emocionais, devem ensinar aos filhos estratégias para lidar com os altos e baixos da vida. Devem aproveitar os estados de emoções das crianças, para ensiná-las como lidar com eles e ensiná-la como tornar-se uma pessoa humana.
          Porém, nas últimas décadas, uma visão desmedidamente liberal entre pais e filhos e escola/crianças tem comprometido a educação e o aprendizado, diz Roberto Lira Miranda, em Além da Inteligência Emocional: Uso integral das aptidões cerebrais no aprendizado, no trabalho e na vida. O receio de produzir crianças reprimidas está gerando uma quantidade muito grande de crianças mal educadas e emocionalmente menos aptas.
          Para aqueles pais que ainda não são preparadores emocionais, Gottman, propõe 5 passos para que se tornem:
              1. Perceber as emoções das crianças e as suas próprias;
              2. Reconhecer a emoção como uma oportunidade de intimidade e orientação;
              3. Ouvir com empatia e legitimar os sentimentos da criança;
              4. Ajudar as crianças a verbalizar as emoções;
              5. Impor limites e ajudar a criança a encontrar soluções para seus problemas.
          Embora os pais tenham papel fundamental na educação emocional dos filhos, algumas iniciativas em escolas têm se mostrado positivas. Hoje, assistimos ao fortalecimento do indivíduo enquanto pessoa, fazendo com que as instituições, para obter sucesso, moldem-se aos indivíduos, treinando professores para tal missão.
          Segundo Gilberto Vitor, estamos assistindo a passagem de uma sociedade de sobrevivência para uma de realização pessoal, onde o indivíduo ganha importância enquanto valor e responsabilidade. Daí o surgimento de tantas associações.
          O "princípio da educação emocional" é simples. Devemos ensinar ao indivíduo o senso de respeito, importância e de responsabilidade. Não apenas falando ou impondo responsabilidades, mas compartilhando responsabilidade com ele. E isto é fácil de se conseguir: atividades em equipes, onde todos trabalham igualmente e possuam a responsabilidade de manter a equipe viva.
          Ainda segundo Gilberto Vitor, a "escolas emocionais" devem:
          • Investir menos esforços em medir conhecimentos (as notas) e mais tempo e enfoque na aprendizagem.
          • Compartilhar responsabilidades com seus alunos.
          • Investir nas tecnologias modernas de ensino.
          • Identificar e promover talentos individuais.
          • Promover reciclagem permanente de professores.
          • Enfatizar atividades em grupo.
          • Enfatizar a criatividade de cada aluno.
          • Ensinar o aluno como aprender.
          Percebemos que a educação deve ser prioridade do Estado. Mas não só uma responsabilidade dele. Todos devemos compartilhar na educação de nossas crianças e adolescentes, dando oportunidade a eles de crescer e "se tornar adultos", dando oportunidade de mostrarem-se à humanidade, para que fatos lamentáveis, como adolescentes incendiando mendigos, deixem de acontecer

          postado por Valquiria Urenha

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